Riscos da diabetes gestacional para seu filho na fase adulta

Hoje, os estudiosos da diabetes sabem que eventos que ocorrem nos primeiros estágios do desenvolvimento humano, mesmo antes do nascimento, pode influenciar a ocorrência de
doença mais tarde na vida!

Riscos da diabetes gestacional

As mulheres que tiveram diabetes gestacional têm pelo menos SETE vezes mais risco de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro em comparação com aqueles que tiveram uma gestação sem alterações da glicose. É assustador, não é mesmo?



Filhos de mulheres com diabetes gestacional têm mais chance de desenvolver diabetes e outras doenças crônicas na vida adulta e mães diabéticas na gestação têm mais risco de ter diabetes no futuro. Eu fui uma mãe com diabetes na gestação e 4 anos depois já estava com diabetes.

Crianças que tiveram baixo peso ao nascer (BPN) apresentam risco maior de desenvolver a chamada síndrome metabólica na vida adulta, incluindo diabetes mellitus tipo 2 (DM2), hipertensão e doença cardíaca. É incrível ver como algo que acontece na gestação e no início da vida pode ter um impacto tão profundo décadas depois, com o surgimento de doenças crônicas como a diabetes e a pressão alta.

Alguns estudos também mostraram aumento do risco de desenvolver diabetes mellitus gestacional tanto em quem nasce com baixo peso como pessoas que são grandes para idade gestacional.

Nós sabemos que a incidência de obesidade e diabetes gestacional (DMG) está aumentando nos países ocidentais e naqueles em desenvolvimento como o Brasil. Sempre que um país se torna mais desenvolvido, menos doenças infecciosas matam e mais doenças crônicas metabólicas como a diabetes surgem.

Os riscos relacionados ao DMG, principalmente a macrossomia fetal, são mediados, pelo menos em parte, pelo metabolismo de glicose e/ou lipídico perturbado. Os níveis de lipídios plasmáticos (colesterol e triglicerídeos) da mãe podem ser mais fortes determinantes para o crescimento fetal do que os níveis de glicose no plasma.

Além do colesterol, o sangue contém muitos precursores do colesterol (esqualeno, lanosterol,
colestenol, desmosterol e lathosterol). Eles refletem a síntese do dolesterol.

O colestanol, um dos vários derivados do metabolismo do colesterol, e também os esteróis (campesterol, sitosterol e avenasterol) refletem a eficiência de absorção do colesterol em muitas condições.

Em gestantes que são obesas, sabe-se que os marcadores de síntese do colesterol citados acima é maior do que as gestantes com peso normal e tolerância normal à glicose (no teste de tolerância à glicose que se realizar em 24 a 28 semanas.

O que as mães devem fazer?

É recomendado pelos médicos que toda mulher que tenha tido diabetes gestacional faça um teste de tolerância à glicose em torno de 6 semanas depois do parto. Mas, infelizmente, a maioria das mães não faz isso.

Mulheres que tiveram diabetes gestacional também têm mais colesterol e triglicerídeos e a pressão arterial é maior. Estima-se que é algo como envelhecer 15 anos. Identificar e tratar esses problemas é importantíssimo para reduzir risco de doenças cardiovasculares e renais em uma fase mais precoce da vida.

E em relação ao filho ou filha, é importante saber desse risco aumentado de diabetes, obesidade e outras doenças no futuro. Por isso, cuide bem deles e entre numa dieta adequada desde o início da fase adulta. E amamente!

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